No São Martinho, come-se castanhas, bebe-se vinho… e relembra-se uma lenda com muito significado!
Estamos em fim de semana de São Martinho! E o que eu adoro esta altura! Posso mesmo dizer que, juntamente com o Natal, é uma das minhas épocas favoritas! Ficar encostado a uma lareira a saborear umas castanhas ou um prato com batata-doce, acompanhado por água-pé, enquanto ouvimos a chuva lá fora… Além disso, é um ótimo pretexto para relembrarmos uma história tão bonita: a lenda de São Martinho.
Para isso, temos de viajar numa máquina do tempo até ao longínquo ano de 300 e conhecer Martinho, um soldado romano que estava de regresso da Gália, a antiga região francesa, que, nessa altura, era uma província do Império de Roma.
Só que, pelo caminho, e montado no seu cavalo, teve de passar pelos Alpes, onde fazia imenso frio e vento – aliás, mesmo nos dias de hoje, os Alpes são conhecidos por esse constante estado metereológico.
Martinho vestia uma capa vermelha. Se se recordar bem – de alguns filmes, dos manuais de História… – é aquela típica peça de roupa que os soldados romanos tinham o hábito de utilizar. De repente, de forma inesperada, apareceu um homem muito pobre, com roupas em mau estado e com frio. Muito humildemente, o mendigo pediu-lhe uma esmola.
Como Martinho não tinha nada para lhe dar, pegou na sua espada e cortou a capa ao meio, partilhando-a com o homem.
No mesmo instante, como se fosse por magia, o tempo melhorou. As nuvens foram-se embora. Até parecia que era verão. Costuma-se dizer que foi uma espécie de compensação de Deus a Martinho, por ter sido solidário, sendo um grande exemplo para todos nós.
Daí que haja o hábito de se dizer que existe o verão de São Martinho – embora eu cá ache que, neste outono, não vamos ter assim tanta sorte…